22/05/07

Opiniões - Mário Duarte

As lágrimas não foram contidas por João Moutinho e Miguel Veloso no instante em que o sonho se confirmou isso mesmo e não se traduziu no real. Na realidade, eles os dois – e todos os outros – fizeram deste Sporting o melhor dos últimos tempos. Quando, a dez jornadas do fim, os leões tinham nove pontos para recuperar, mesmo na terra dos sonhos o título era um horizonte nebuloso. Com apenas dois pontos entretanto desperdiçados, os miúdos mostraram que o risco de fazerem corresponder, aos resultados desportivos, a sua envergadura competitiva era bem real e estiveram na iminência de se sagrarem... campeões. Para isso, tiveram de ser "apenas" a melhor defesa de sempre do centenário Sporting, conseguindo a inédita participação consecutiva na Liga dos Campeões e arriscando, agora, o que os leões não conseguem há cinco anos: ganhar títulos. A final da Taça do próximo domingo será, forçosamente, um jogo diferente do de domingo passado: pelo palco, pela competição, pela envolvência... pelos intervenientes. A história entretanto já escrita por Paulo Bento e os "miúdos" – as aspas, cada vez mais, são pertinentes, pela maturidade e grandeza que confirmam a cada passo – não pode ser apagada: ombrearam com um plantel com mais do dobro do orçamento, fazendo-o suar até aos instantes finais de um Campeonato que estava "ganho" há muito. Naturalmente, os sportinguistas querem mais do que as vitórias morais que (mais uma vez) amealham, mas o desempenho da equipa, mesmo com desaires, como a recepção ao Aves ou o fatídico empate em Aveiro, ou desastres (alheios), como o golo com a mão de Ronny ou a inferioridade numérica em Leiria, não pode ser encarado como menos do que... triunfante. O sucesso pode vir a tornar-se um hábito...
"In O Jogo"

2 rugido(s):

David Caetano disse...

Boa sorte para a final da Taça!

Visconde disse...

obrigado camarada